À medida que a eco-ansiedade e a eco-luto tomaram conta da sociedade de novas maneiras nos últimos anos , a tendência de prescrever ação como uma ferramenta para derrotar os sentimentos de volta cresceu. Mas a psicoterapeuta consciente do clima Caroline Hickman argumenta que há um perigo à espreita nesse sentimento. É um atalho - um movimento muito rápido da dor para a ação - e ameaça deixar as pessoas muito menos resilientes e capazes de enfrentar a crise ecológica do que deveriam ser.

Hickman diz que precisamos não apenas crescer na crise climática cultivando nossas capacidades imaginativas, criativas, determinadas e esperançosas, mas também precisamos crescer para baixo , construindo nossa tolerância ao medo, depressão, raiva, culpa, vergonha e ansiedade. Afinal, a vida em uma emergência de saúde humana e planetária não é uma progressão linear reta. Há vitórias edificantes e, mais frequentemente, perdas esmagadoras. Precisamos ser capazes de suportar ambos com flexibilidade, crescendo para cima e para baixo, para que, à medida que avançamos na vida, nos tornemos seres humanos mais profundos.

Todos nós precisamos processar alguns dos sentimentos angustiantes que vêm com nossa realidade ecológica ameaçadora à vida, aprender como dobrá-los em nossas vidas e aproveitá-los como força. Isso é o que Hickman chama de "ativismo interno", e é tão importante quanto o "ativismo externo" - o tipo mais convencional.